No calor da noite, gotas de suor se espalham,
Molhando meu corpo todo tremulo e febril.
São sonhos desconexos que me crucificam
Misturando-se ao aroma de uma vida pueril
O véu da noite esvoaça diante da bruma
É nesse conflito interno que me prende
E não me deixa seguir como leve pluma
Numa vã filosofia de fada sem duende
Meu corpo desperta para uma vida errante
Minha face compõe uma desprovida dor
O sonho envolve a matéria predominante
Que deforma o passado e nega o futuro
Desígnios, formado de mistério e de amor.
Num presente que se resvala atrás do muro
Lucélia Lima
01/11/2010
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